sexta-feira, 27 de março de 2009

FULCRO

Por que o preto lhe cai tão bem,
eterna viúva de marido vivo...
AUSENTE
O negro de teus cabelos,
dos olhos e da alma.
O esquecimento...
ou o ostracismo,
seus olhos ou suas mãos,
sua fé ou seu meneio...
CABISBAIXO

UM POBRE DIABO

Onde será que fiquei...
em suas lembranças confusas,
sua mente enfraquecida.

Em qual parte de sua mente fiquei trancafiado...
com a clarabóia por onde me observas, confusa.

CRISE DO LIVRO

A CRISE DE TER LIVROS,
ENTRE OS ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS,
É NÃO QUERER LÊ-LOS

FIM DO MUNDO

Ontém, ao sair de uma escola pública municipal (Teresina-PI), vi uma cena que me impressionou muito; um pai saindo da escola com tres filhos, espremidos na garupae no varão - quatro pessoas em uma bicicleta. Para um motoqueiro experiente como eu só ficou uma imagem teatral da cena. O que vi depois é que realmente me chamou a atenção: um pai desce de um "ecosport", entra na mesma escola para pegar seu filho - aparentemente ele era o dono do carro.
É O FIM DO MUNDO
PERGUNTO:
QUANTOS MUNDOS AINDA TERÃO DE ACABAR PARA ESSA CENA NÃO CHAMAR TANTO A ATENÇÃO DAS PESSOAS?

ORGANIZAÇÃO (FILOSOFIA DE FILA)

ENQUANTO POVO NÃO SOUBER SE ORGANIZAR EM UMA FILA DE BANCO
NÃO SABERÁ SE ORGANIZAR PARA REIVINDICAR MAIS "CAIXAS" PARA ATENDÊ-LO

A Fábula da Afilhada I

Após uma série de infortúnios, inclusive uma gravidez indesejada, a afilhada chega para o padrinho e diz: Padrinho, estou abandonada, literalmente "fodida e mal paga", por isso resolvi me prostituir, o que o senhor me aconselha?
O padrinho, com a autoridade de segundo pai, homem sábio e ressabiado das agruras da vida responde: Minha afilhada, é uma profissão como outra qualquer, só posso dizer que você haja com o maior profissionalismo possível. Compre um celular, una-se a outras putas, abra uma agência, não aceite programa sem pagamento e, acima de tudo, dê o máximo de si.
Moral da história...

A Fábula da Afilhada

Um dia, há não muito tempo atrás, a afilhada chega queixosa para o padrinho e desabafa: Padrinho meu patrão vive tentando transar comigo. O padrinho, figura comedida e não muito moralista redargue: Minha filha, você gosta desse homem?. A afilhada prontamente responde que não. O safado do patrão queria incluir entre suas prerrogativas a possibilidade de "papar" a empregada.
O padrinho então, revestido de sua autoridade de segundo pai, aconselha a afilhada a largar o emprego, afinal ela ainda tinha um pai e uma mãe, que poderia sustentá-la, e uma casa onde teria abrigo.
Passados alguns meses a afilhada retorna ao padrino queixosa, havia se apaixonado por um marginal, saíra de casa, engravidou e o amor de sua vida se acabou numa batida policial a uma boca de fumo que era frequentada pelo marginal.
Moral da história...

quarta-feira, 11 de março de 2009

O Bom da crise

Desde sempre pensei diferente dos demais... não vou falar de aproveitar a crise para investir em algum negócio mirabolante ou muito rentável. Falo da crise do ponto de vista ecológico, "gaealógico" se assim posso me expor. Do ponto de vista da terra, a crise é muito bem vinda.
CONSUMIREMOS MENOS, POLUIREMOS MENOS, DEVASTAREMOS MENOS FLORESTAS, COMEREMOS MENOS CARNE, SENTIREMOS MAIS A ATUAÇÃO DA NATUREZA SOBRE NOSSOS CORPOS (A FOME E A DOR NOS DÁ A IMPRESSÃO DE QUE ESTAMOS VIVOS)
Os ricos enriquecerão um pouco menos (grandes consumidores, não mudarão seus hábitos, a não ser que queiram estourar de tanto consumir). Os corruptos continuarão a buscar alguém que os corrompa e a encontrar.
A classe média cada vez mais vai ter que encarar "uma média" (CAFÉ/LEITE/PÃO-COM-MANTEIGA). Por ser mui camaleônica e elástica, ora é alta, ora é baixa, ora consome, ora é consumida, sempre é capaz de adaptar-se às crises, principalmente a crise de identidade.
A vítima da vez é a vítima de sempre OS POBRES, que são a maioria da população, irão morrer mais e com maior frequência (fatalmente deixaram de consumir também, embora, tirando o consumo de oxigênio, de maneira geral seu consumo é relativamente significativo - pobre geralmente é chamado de "morto-de-fome", a crise só irá abreviar o processo). Como sempre a Africa, como se não bastassem as tragédias que por lá campeiam, será o "point" da crise, apesar da ponta ser no primeiro mundo. Embora não sejam grandes compradores de carros (exceção para os ricos, claro), certamente entrarão à força na "quota" de economia das ajudas em crise - com ajuda já é como é, imagine sem ajuda alguma).
Em minha cosmovisão gaélitica, o maior beneficiado pela crise será a China - país que crescia a uma taxa avassaladora, impossível de ser suporatada pelo planeta. Lá, como aqui e além, a maioria é pobre, vive mal e com certeza morrerão mais. Como o resto do mundo vai parar de consumir eles darão uma parada na PRODUÇÃO (é menos minério sendo retirado da terra, menos água sendo usada para outros fins e menos gente sendo obrigado a viver em condições subumanas (espero que o governo "comunista" encontre uma solução mais "cristã" para seus desempregados de crise).
A HUMANIDADE MERECE A CRISE, O PLANETA PRECISA DELA.